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Acerca de mim
sépia colorida
sábado, 11 de outubro de 2008
Um poeta na presidência
quinta-feira, 31 de julho de 2008
E se...tress?
sexta-feira, 18 de julho de 2008
A cultura integral do indivíduo
quarta-feira, 16 de julho de 2008
A mão invisível
sexta-feira, 4 de julho de 2008
O feminismo está a passar por aqui
Catarina Eufémia
Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intriga
Segundo o antiquíssimo método oblíquo das mulheres
Tinha chegado o tempo
Porque eras a mulher e não somente a fêmea
sábado, 28 de junho de 2008
«A luta é a minha vida.»
sábado, 21 de junho de 2008
Solstício
terça-feira, 17 de junho de 2008
A chacun son gôut
sábado, 14 de junho de 2008
Mágoa revisitada
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Invasão
Quando tinha 13 anos ouvi o actor Sinde Filipe dizer este poema. Ainda hoje é a voz dele que eu oiço ao lê-lo. Achei tudo tão bonito - o poema, a voz, o homem - que durante algum tempo não sosseguei até achar o autor e copiar o poema para um caderno, onde hoje o encontrei. Na altura devo ter achado que nunca esqueceria o nome do poeta mas, como sempre a vida trocou-me as voltas. Será Jorge de Sena? Na página do caderno, por baixo do poema, apenas a data da transcrição: 23 de maio de 1977. Sinde Filipe, cansado de muito beber e pouco comer, dedicou a sua outrora bela voz às telenovelas. Quanto ao poema, mais actual que nunca: (voz de Sinde Filipe)
Á porta está o anjo Mecânico/ com a espada da devastação. / É um anjo frio,/ que não baixou do céu/ deitdo num relâmpago / com asas de apoteose. //
Nem desceu da lua / agarrado aos cabelos/ da deusa do sol oculto.//
O Homem desta vez / nâo ergueu os braços / para o fabricar nas estrelas.// Fê-lo aqui na terra / com o iodo das minas/ onde só há astros no suor do carvão.// Forjou-o com os ossos / deste mundo metálico / onde se combate por todo o universo.// Criou-o à nossa imagem / com músculos frios / e sangue de petróleo.//
Vejam! / É um anjo de aço/ gelado pelo fogo de milhões de almas / está ali de pé, implacável, à espera / com o fumo das fábricas nos olhos / e um motor no coração / a pulsar pelos homens //
Vejam!/ Está ali de pé, imóvel, à espera,/ num frio de complicação de milhares de roldanas....// Vejam! // (... mas nos seus cabelos de arame farpado/ prenderam-se estrelas.) //